Friday, July 31, 2009

Progresso movido a álcool

O consumo de bebida alcóolicas é algo rodeado de um certo misticismo e mistério. A começar por aquele indescritível Ponto conhecido como "Epa-já-bebi-mais-que-a-minha-conta".

Há quem diga que atingimos este Ponto quando começamos a falar com as estrelas. Há quem defenda que não, que este Ponto apenas se atinge quando as estrelas nos respondem. Há ainda quem afirme veementemente que chegamos a este Ponto quando o que as estrelas nos dizem não só faz sentido, como ainda nos convence a mudar de opinião.

Há poucas décadas, um grupo de cientistas procurou estudar este fenómeno. Em nome da Ciência, muniram-se de várias garrafas de vinho de altíssima qualidade (apenas o melhor para a Ciência) e procuraram com afinco o fugaz Ponto.

No dia seguinte, não se lembravam de nada. Tendo gasto todo o orçamento da investigação em vinho, não tinha sobrado nada para equipamento que permitisse registar esses momentos únicos na História da Ciência.

A incógnita mantinha-se. E a Ciência detesta incógnitas. Excepto, obviamente, aquelas que permitem gastar milhões de Eurekos numas instalações na Suiça.

Foi nessa altura que alguém se lembrou que nunca se tinha tentado obter o ponto de vista das estrelas. No dia seguinte, nascia o primeiro Programa Espacial.

Nas décadas seguintes disparou a produção de vinho.

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